domingo, 6 de julho de 2008

Diga-me o que seria do circo sem o palhaço?




E ela se foi. No centro do palco eu estou sozinho contracenando meu drama particular. A iluminação apaga-se por alguns segundos e logo em seguida focam-se sobre mim. Eu suspeito que todos me olham, no entanto, já não ah o que esconde. Com o orgulho ferido levanto a cabeça. A cena mais esperada do ano esta prestes a ocorrer; uma lágrima rola sobre a minha fase, inundando o meu peito de mágoa e decepção. A peça se encera e todos me olham. Não a aplausos. Alguns indiferentes com a minha dor, sorriem, outros me olham com complacência. A cortina se fecha e as luzes se acendem. Os figurantes se disperssam-se com a platéia.
Por algum motivo desconhecido o espetáculo causou efeito circense na multidão, gargalhadas eufóricas contagiava o ambiente. O picadeiro pegou fogo, literalmente. Enfim, o show chegou ao fim, pelo o menos para mim.
Nos bastidores rumores levianos enfatizam a minha despedida desastrosa do palco. Dentre Eles cresce o desejo da indicação da peça para a premiação da Framboesa de Ouro, uma parodia ao Oscar. Mentes obscuras e perversas enchem os tablóides com maldosas insinuações, por exemplo: Bebe chorão. De boca a boca fatos tumultuados elevam a minha popularidade negativamente. Diga-me o que seria do circo sem o Palhaço?

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